Communities Managers, a profissão que é a nova cara das comunidades de inovação aberta

Communities Managers, a profissão que é a nova cara das comunidades de inovação aberta

Era noite de 24 de janeiro e já com o avançar da hora, 14 jovens discutindo ideias, compartilhando conhecimentos, dividindo tarefas, em meio as garrafas cheias e vazias, em cima da mesa, com muita risada, é claro!!!

Todos, “acampados” na minha casa, para participarem de uma maratona de empreendedorismo de 54 horas chamada Startup Weekend, e o mais incrível: pessoas que eu nem conhecia, ou que conhecia há muito pouco tempo!

A maior parte das pessoas que cercam o meu dia a dia, atualmente, são pessoas que conheço há menos de 2 anos. Em geral, eles são jovens, conectados, com alguma habilidade muito destacada, mas principalmente com um olhar colaborativo, sobre o mundo.

Gosto de lembrar, a maneira como tudo isso começou: Fui convidado por um amigo, para comer uma pizza, e falar de inovação com um pequeno grupo chamado JGB – Juntando Gente Boa.

Eu só conhecia quem me convidou, mas saí dali com 6 novos amigos e com o compromisso de criarmos uma comunidade de empreendedorismo em nossa cidade.

Quando penso nas amizades que conquistei, de lá para cá, e a maneira como fui acolhido, por este ecossistema, entendo bem como a força das comunidades, pode contribuir para uma sociedade melhor.

“- Give First… Give Back…” quase um mantra, muito explorado como norteador de conduta por algumas comunidades mais maduras do ecossistema e que quer dizer: “Doe-se primeiro, e receba de volta!”

Lá se vão 5 edições de Startup Weekend, uma startup acelerada no Founder Institute, fundação do Movimento IDEIA, Global Legal Hackathon, Nasa SpaceApps, fundação da WeGo, enfim, tudo muto rápido…

Mas o maior presente destes 2 anos é, com certeza, uma lista de mais de 300 novos amigos!!!!

Nesta semana, em nossa Live de Quinta, Danilo Zanini (um desses novos amigos), meu sócio, recebeu duas especialistas que ajudam estas comunidades: Lilian Natal, Head of Community do Distrito, hub de Inovação de São Paulo, e Maíra Rodrigues do Campinas Tech, comunidade de empreendedores de alto impacto.

Elas são Communities Managers, e vieram para contar sobre essa nova profissão e como elas trabalham para manter este espirito de conexão e engajamento entre atores dos ecossistemas: empresas, investidores, startups, parceiros e fãs da marca.

Comunidades de Inovação Aberta

Desde que o mundo é mundo, o homem busca viver em grupos, mas ao longo do tempo, os grupos foram tomando novas formas: associações de bairro, clubes, partidos políticos, grupos da igreja, grupos de escoteiro, facções criminosas e por aí vai…

Estas comunidades têm seus próprios objetivos, valores e interesses, mas para Lilian, os millennials, também conhecidos como Geração Y (aqueles nascidos entre 1979 e 1995), são o retrato do Marketing Moderno.

De maneira geral eles têm um perfil de engajamento e participação muito maior do que as outras gerações, e valorizam a escolha, o que justificaria, em partes, o sucesso de empresas como a Netflix e o Spotify.

É justamente esta característica que está ajudando a construção de um novo mindset empreendedor em torno das comunidades de inovação aberta.

Hubs de inovação como WeGo, Distrito e Campinas Tech têm exercido um papel relevante, atuando como catalizador desse empreendedorismo de alto impacto e da transformação digital, fomentando a conexão entre os diversos agentes do ecossistema.

Nesse sentido, as Communities Managers (Gerentes de Comunidades) passarem a ser a cara das empresas e o elo que faltava na comunicação entre estes agentes.

Segundo Maíra, “as empresas acabam realizando relacionamento o tempo todo e o nosso papel é facilitar essas conexões.”

Num país marcado pela intensa desigualdade social, onde historicamente, se empreende muito mais por necessidade, do que por oportunidade, a inclusão e o acesso de jovens às novas formas de pensar negócios, cai como uma luva, pois Empatia, Colaboração e Experimentação, já fazer parte do DNA desta geração.

Fazer parte de uma Comunidade Vale Ouro

No fundo, a relevância destas comunidades e portanto, das Communities Managers, não está apenas no fato, de incentivar a criação de startups, mas sim de fomentar um modelo mental capaz de construir rapidamente uma sociedade mais humana e igualitária.

Prova disso foi a maneira como o Campinas Tech e o Distrito responderam ao Lockdown, no intuito de ajudar as startups e as empresas. O Campinas Tech aumentou a quantidade de conteúdo e programas de mentoria orientando e atuando nas conexões dos empreendedores. O Distrito, por sua vez, ao perceber que muitos empreendedores estavam entre a vida e a morte, passou a ouvir uma a uma das startups da sua rede, e realizar mentorias pontuais, conectando parceiros, e fornecendo treinamentos personalizados para ajudar cada uma delas.

Fazer parte de uma comunidade como esta, em momentos como o que estamos atravessando, pode fazer toda a diferença entre estar vivo ou morto nos próximos capítulos. Dificilmente um empreendedor encontraria este apoio em outro ambiente, sem desembolsar alguns milhares de reais.

Mas lembre-se do Give First, uma comunidade se fortalece com o espírito colaborativo, dinâmico e agregador de todos os seus membros.

E é por isso que faço questão de lembrar que WeGo, não é apenas um encontro de 4 letras, mas sim uma resposta à maneira como fui acolhido por este ecossistema, dois anos atrás. Sozinho, podemos ir mais rápido, mas juntos vamos mais longe!

Se você quer (re)ver essa live click aqui. Você também pode ter acesso a outros conteúdos em nosso canal https://youtube.com/wegohub e até agendar uma mentoria comigo ou com o time da WeGo, basta entrar no nosso grupo do WhatsApp onde compartilhamos conteúdos diários de inovação e empreendedorismo: bit.ly/wegovip

Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.

contato@wegohub.com.br

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