50 anos em 5 – Talvez um dos slogans mais conhecidos da história brasileira, que marcou o Governo Juscelino Kubitschek, e também representou prosperidade econômica com a construção das rodovias, crescimento da indústria automobilística e principalmente a inauguração de Brasília, com seu aspecto ultramoderno perdido no meio do cerrado tupiniquim.
O Bull Market (em tradução livre, mercado de touro) é um termo utilizado para definir um contexto financeiro em que o valor de um ativo, após um histórico coeso de sucessivas altas, tende a subir ainda mais no futuro.
Apesar das duras notas veiculadas diariamente pelos meios de comunicação, a realidade é a que a pandemia também trouxe oportunidades preciosas para alguns setores.
Tem se tornado comum, nestes tempos, as entrevistas de produtores de conteúdo e outros empreendedores digitais, relatando o crescimento significativo que tiveram nesse período.
A bem da verdade, é que muitos empresários já conheciam o marketing digital e o e-commerce, mas nunca foi dada tanta atenção a este tema, com o propósito de crescer as vendas, como agora.
Esta mudança de consciência, que está acontecendo “na marra”, está fazendo muitos negócios se reinventarem e escalarem no meio digital, de forma surpreendente (50 anos em 5)
E por esse motivo os Investidores Anjos e fundos de Venture Capital, podem estar diante de um verdadeiro Bull Market, quando falamos de investimentos em startups.
O principal motivo é que as startups possuem uma estrutura enxuta e capacidade de mudanças rápidas, mesmo em cenários desafiadores como o que estamos vivendo.
Outro ponto, é a queda da Taxa Selic: por muito tempo, a rentabilidade dos títulos públicos e da renda fixa desencorajaram investidores a tomarem maiores riscos diversificando seu portifólio. Esta questão conjuntural do país, manteve, por anos, o capital “escondido debaixo do colchão”, enquanto o empreendedorismo padecia pela falta de crédito para expansão dos seus negócios.
Com a mudança deste cenário, podemos estar diante de um Bull Market, para investimento em negócios digitais (aliás, mais dia menos dia, todos os negócios se tornarão digitais, pelo menos em partes) e embora as startups carreguem em seu DNA, a incerteza, por outro lado elas têm a capacidade de crescer mais rápido do que os negócios tradicionais (muitos inclusive, que foram diretamente afetados pelos efeitos do COVID-19).
Apesar disso não estamos nem perto, do Vale do Silício, onde o ecossistema, bem mais maduro, se fortalece, tanto na abundância do capital, quanto como um celeiro de empreendedores bem preparados.
Por aqui, o que vemos, é que não irá faltar dinheiro, mas as boas oportunidades de investimentos, não é para amadores.
Quero chamar a atenção para um fato, que precisa ser esclarecido definitivamente para empreendedores e para investidores: Quem deve procurar quem?
Vejo muitos empreendedores buscarem investimentos, como se a única coisa que lhes faltassem fosse o dinheiro. Mas a verdade é que um empreendedor que tem capacidade real de execução, consegue validar hipóteses com pouco ou nenhum dinheiro. Este perfil, mais raro, no Brasil, é o que representa, uma oportunidade real para um investidor desse mercado.
Precisamos subverter a lógica. Se por um lado, o ambiente está convidativo para o capital, por outro, o empreendedor precisa compreender que ele não está tomando um financiamento, mas sim abrindo mão de uma parte da sua empresa, em troca de um crescimento acelerado.
O sonho dourado de um investidor, é que ele seja a primeira ligação de um empreendedor, que já conseguiu provar suas hipóteses de negócio e que agora só precisa crescer. Mas na prática, o que vemos é uma grande “feira de boas ideias”, onde poucas validações já foram comprovadas.
Lembre-se, uma ideia sem execução, é só uma ideia!!
Se há investidores e dinheiro no mercado, por que então os empreendedores tropeçam na hora de captar?
Uma das razões para isso é de caráter educacional, pois “ninguém aprende ser empresário” durante a escola ou a faculdade.
Por esse motivo, mesmo com a liquidez em alta, as oportunidades de investimentos em empreendedores maduros e startups realmente estruturadas são escassas.
Por isso, acredito no papel dos Hubs de Inovação e nos Programas Educacionais de Aceleração de Negócios. Os empreendedores precisam estar mais preparados para as rodadas de investimentos e saber escolher quais os investidores que deseja.
Nossos programas, na WeGo, visam evangelizar empreendedores, empresas e investidores sobre as regras deste novo jogo, aquilo que chamamos de startup mindset.
Mais do que o retorno sobre investimento, o sucesso da startup pode ser avaliado pelo impacto socioeconômico, que ela traz. Ou seja, a possibilidade de ganhar escala global, gerando emprego e renda, e benefícios para a sociedade é uma realidade que se repete. Vejam casos como do Uber, por exemplo!
Coluna: Empreenda Startup
Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação
Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.
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