Transformação Digital, por onde começar?

O tema inovação já clichê, ganhou as ruas, as lives, os bate-papos de amigos e também protagonismo na pauta de muitas lideranças governamentais, o que é maravilhoso, diga-se de passagem.

Welcome to Sucupira 2050!

Lá estava eu, em reunião como o prefeito Odorico Paraguaçu, ouvindo sobre os seus planos, para posicionar a bela Sucupira na rota da inovação!

“- O Sucupira Valley irá abrigar vários coworkings coloridos nos bairros da cidade, além de uma legislação com um extenso pacote de benefícios para startups.”

Só tinha uma falha nesse super plano para colocar o ecossistema de Sucupira entre os principais centros do Brasil e do mundo: Faltou combinar com a população!

Apesar dessa bem humorada comparação entre o personagem de Dias Gomes, em O Bem Amado, eu já presenciei algumas situações, muito parecidas com esta, ao longo deste 1º ano da WeGo.

O tema inovação já clichê, ganhou as ruas, as lives, os bate-papos de amigos e também protagonismo na pauta de muitas lideranças governamentais, o que é maravilhoso, diga-se de passagem.

Se tornou frequente vermos o movimento das cidades para criar planos diretores de tecnologia, fundos de apoio, leis de incentivo e até centros tecnológicos, que nem sempre conseguem se manter, verdadeiros elefantes brancos, em alguns casos.

Mas o grande problema que eu vejo dessas iniciativas, é que elas não contemplam o mais importante: A Densidade e a Cultura Empreendedora.

Deixe-me explicar melhor: Para que exista um ecossistema verdadeiramente autossustentado e capaz de criar empreendimentos com crescimento acelerado, precisamos ter um substrato mínimo, além de um trabalho sincronizado dos principais agentes para facilitarmos a vida dos empreendedores.

  1. Talento – não basta querer estar na rota da inovação. Antes de mais nada é preciso entender a realidade da comunidade. Se o espirito empreendedor, não estiver minimamente presente, o caminho se torna muito mais longo. Às vezes é fácil perceber, que jovens, estão deixando a comunidade, em busca de oportunidades fora e este pode ser um indicador de que há talentos!
  2. Densidade – o segundo passo, é criar condições para que estes talentos de juntem e complementem as suas competências, incentivando a colaboração e o processo criativo. Neste sentido, os espaços de coworking, incubadoras, aceleradoras, se tornam catalizadores para a criação de uma cultura empreendedora.
  3. Cultura Empreendedora – esta fase é, no meu ponto de vista, a mais importante, pois ela separa os homens dos meninos, e dá inicio ao processo de colheita. Aqui o indicador principal é que negócios comecem a surgir. Se há a criação de negócios reais, agora esse ecossistema precisa de velocidade.
  4. Capital – a vinda do capital, é quase um caminho natural, mas o ecossistema precisa ser bem comunicado e incentivado. Investidores e empresas, se interessam por negócios promissores. As empresas ganham com a inovação aberta e os fundos mitigam seus riscos.
  5. Marco Regulatório – à esta altura, com muito mais conhecimento das vocações da comunidade, fica mais fácil, adequar as políticas de incentivo e de regulação, sem o engessamento e as burocracias que atrapalham as etapas anteriores.

Ao observarmos o ecossistema do Vale do Silício, em São Francisco, vemos que a cidade se tornou um gigantesco hub de inovação com a presença de grandes empresas como a Apple e a IBM, além da universidade de Stanford, e assim tem sido com outros ecossistemas pelo mundo.

Quero lembrar que as Universidades, as Empresas e o Poder Público, são os três principais pilares da construção sólida de um projeto de longo prazo. É através do equilíbrio sincronizado destes atores que a cultura empreendedora repousa e traz seus frutos.

Os hubs (aceleradoras, incubadoras, etc.) tem um papel fundamental neste jogo, que é o de conectar todas estas pontas.

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Nesta semana, em nossa na Live de Quinta, conversei com Lílio Rocha, Innovation Evangelist na DHL.

A DHL é uma das maiores companhias de supply chain, presente no Brasil, e Lílio nos contou a sua experiência de “evangelizador” da cultura de inovação.

Lilio, também trouxe o exemplo de startups que estão trabalhando em conjunto com a DHL, para desenvolver soluções para a própria empresa e também para seus clientes.

Ressaltou a importância estratégica da área de Recursos Humanos, no que tange à cultura organizacional, e no preparo das pessoas para um relacionamento mais integrado com ecossistema. “Inovação não está num departamento. Tem que estar no ar que as empresas respiram.”

Você se dá conta que está num ecossistema, quando você percebe que conhece alguém, da faculdade, que trabalha numa startup, que é parceira de uma grande empresa, e que recebeu aporte de um fundo de investimento…

Olhando a nossa cidade (Indaiatuba), vejo que caminhamos rápido desde quando criamos o Movimento IDEIA, e trouxemos o primeiro Startup Weekend, para cá.

Em nossos encontros, nos perguntávamos onde estariam os talentos da nossa comunidade. Passados dois anos, a cultura empreendedora, já tem vida própria por aqui: Vejo escolas como a Unimax, a FIEC se movimentando, vejo startups e negócios, como a WeGo nascendo, pessoas que me consultam sobre como investir em startups, parcerias de empresas como a DHL e Trackage e por aí vai…

Enfim não há mais dúvidas, de que há um ciclo virtuoso pela frente e que estamos entrando na rota das cidades inovadoras.

“Avante Sucupira!!!”

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Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.

contato@wegohub.com.br

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