Cidades inteligentes, um caminho sem volta

Inteligente é aplicar bem os recursos e entregar o que cada sociedade precisa: saúde, segurança, mobilidade, educação, etc.

Neste domingo, terminaram as eleições municipais no Brasil, e o uso de termos como “cidades digitais”, “cidades conectadas”, “cidades inteligentes”, têm se tornado lugar comum, nos planos de governo de uma grande parte dos candidatos.

Não é à toa que alguns destes termos vêm ganhando popularidade na esfera política, pois a gestão pública, como qualquer outra área também sofre pressões e precisa se modernizar para cumprir o seu papel.

O próprio SEBRAE criou um “manual do candidato empreendedor”, visando obter compromisso de políticas públicas de inovação, com os candidatos.

Para debater um pouco mais sobre os desafios que as cidades terão pela frente, em nossa última Live de Quinta, conversamos com Maurício Casotti, Gerente de Desenvolvimento de Negócios para Cidades Inteligentes, do CPQD.

Quando falamos em cidades inteligentes, logo vem à cabeça a ideia de câmeras de monitoramento espalhadas por todos os lados e uma inteligência embarcada capaz gerenciar os horários dos semáforos e dos meios de transportes, facilitando a vida das pessoas nos grandes centros, mas isso é só a ponta do iceberg.

Para Maurício, Cidades Inteligentes é muito mais do que isso. Ele explica que este tema já é uma agenda nacional e os desdobramentos deste conceito assume diferentes perfis, dependendo da realidade de cada cidade.

Alguns atributos que vão caracterizar uma cidade inteligente, estão relacionados ao ritmo com que a cidade reponde aos desafios de sustentabilidade social, econômica e ambiental. Mas antes de tudo, a cidade precisa ser resiliente às instabilidades política, ou seja, os objetivos devem ser pautados por planos de estado e não planos de governo.

O uso de dados e da tecnologia da informação, são sim, fundamentais nesta construção, mas no frigir dos ovos, o que vai valer, realmente, é a melhora da qualidade de vida de quem vive na cidade.

Mais do que dados e tecnologia, o processo de tomada de decisões e a aplicação adequada dos recursos, é que é a grande virada.

Inteligente é aplicar bem os recursos e entregar o que cada sociedade precisa: saúde, segurança, mobilidade, educação, etc.

Portanto, dificilmente um “copy e paste” de uma política pública ou de uma tecnologia isolada, como a da China, por exemplo, irá resolver as demandas de todas as cidades, de forma plena.

As cidades com o tempo terão que criar “ecossistemas locais” envolvendo as empresas, as instituições de ensino e a população para produzir suas próprias soluções.

Várias cidades já estão se movimentando e Maurício citou o exemplo de Campinas, onde iniciativas conjuntas entre os Institutos de Pesquisa, como o CPQD, Instituto Eldorado, entre outros, bem como as empresas e o poder público se organizaram para sair na frente e criar o seu Planejamento Estratégico para Cidades Inteligentes.

Devido às características da região de Campinas e com um planejamento na mesa, podemos imaginar o surgimento de uma forte indústria ligada à Internet das Coisas, nos próximos anos.

Uma das grandes contribuições que o CPDQ, está aportando nesta agenda, foi o desenvolvimento do Dojot, uma plataforma de software aberto, disponível para todas as prefeituras e que permite o desenvolvimento de aplicações, e acelera a implantação de soluções tecnológicas, de uma forma tão simples quanto às de um aplicativo para celulares.

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Este é um caminho sem volta, reagimos pelo que somos cobrados e as cidades estão sofrendo muita pressão.

Os municípios e as empresas precisam se engajar nesse movimento. Precisamos criar um círculo virtuoso que coloque esta agenda nacional, preconizada pela Carta Brasileira de Cidades Inteligentes, e que torne possível a conexão de vários projetos que possam atrair investimentos, e incentivar empresas e a geração de empregos.

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Coluna: Empreenda Startup

Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

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