Mas afinal o que é uma startup de impacto social?
Convidamos nesta semana, para a nossa Live de Quinta, Alexandre Muta, que é Head de Investimentos da Axigen – Agência de Fomento, para falarmos sobre investimentos em startups de impacto social.
Mas afinal o que é uma startup de impacto social?
Além de escalável e repetível, como qualquer outra, o modelo empresarial deste tipo de startup precisa desenvolver um propósito social. Este propósito pode estar relacionado à vários aspectos de vulnerabilidades da sociedade como educação, acesso à saúde, cidadania, etc. e visam minimizar ou acabar com estes problemas.
Mas é preciso lembrar que negócios de impacto social não significa negócios sem fins lucrativos…
Tanto empreendedores quanto investidores com foco nestas iniciativas, procuram unir a possibilidade de fazer o bem, com objetivos muito claros de retornos financeiros.
A lógica que está por trás desse pensamento, é que se existe uma dor real da sociedade para ser resolvida, ali deve existir um mercado potencial amplo. Nada melhor do que unir o útil ao agradável.
Mas a nossa conversa com Alexandre Muta, expõe o desafio de encontrar empreendedores com ideias e capacidade de execução para receberem o capital necessário.
Muitos empreendedores, acreditam que apenas um bom pitch (momento que empreendedores apresentam seus projetos para investidores) seja suficiente para convencer alguém a colocar dinheiro em uma ideia, mas a verdade é que o mercado brasileiro está ficando cada vez mais maduro, e embora haja muita gente interessada em investir, o projeto precisa ter consistência.
Relacionamento talvez seja a palavra que melhor descreve o caminho deste acesso ao capital.
É como se fosse um namoro mesmo, e o pitch, pode ser encardo como aquele momento da paquera inicial. Antes do “SIM”, muita água ainda vai rolar, e esta pode ser a causa de muitas boas ideias não conseguirem sair do papel (ou do power point).
Neste ecossistema, muitas ideias nascem, dentro de aceleradoras, universidades, incubadoras, e normalmente sem nenhum recurso financeiro. Aliás, essa é uma boa prática para mostrar para investidores que aquele negócio pode dar certo, pois nada melhor que uma boa “validação” antes de sair desenvolvendo um produto mirabolante.
O lado negro desta realidade é que muitas vezes, os fundadores destes projetos não contam com receitas para sobreviver a um namoro muito longo a acabam desistindo no meio do caminho.
Apesar de decepcionante para os investidores, isto mostra também, que se o relacionamento não tinha fôlego para a jornada de uma vida, melhor esperar um próximo pretendente.
O principal foco dos investimentos da Axigen são startups com impacto social, principalmente com tecnologias embarcadas para área da educação e saúde. Através dela, Muta já investiu na Fofuuu (edutech que utiliza a neurociência e fonoaudiologia para estimular a fala de forma gamificada) e na Gama Academy (edutech que forma programadores e outros profissionais para o mercado digital).
Outro conselho muito comum de investidores para empreendedores que estão buscando capital, é também o envio regular de relatórios sobre a evolução da startup, antes mesmo do primeiro pitch.
Persistência com meta são características que apaixonam qualquer investidor.
Hubs como a WeGo, atuam para acelerar startups e empresas com o propósito de educar e conectar bons empreendedores com investidores.
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Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação
Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.