O que os empreendedores precisam saber sobre fundos de Venture Capital

“Mar calmo não faz bom marinheiro.”

Habilidades para navegar em águas turbulentas e saber aproveitar o vento quando ele está a favor, depende de treino e coragem para mudar a rota sem perder de vista o objetivo.

Mas, uma coisa que tira o sono de qualquer empreendedor que se preze, é o paradoxo entre persistir ou pivotar: Quando é hora de acreditar e seguir em frente, e quando é hora de contabilizar as perdas e o aprendizado, e partir para outro rumo?

Todo empreendedor bem sucedido, terá muitas histórias sobre as tormentas, para contar, mais o que mais interessa para quem ouve, é saber como ele saiu vivo de cada uma dessas enrascadas.

Pois é! E é assim que pensam também os investidores anjos e os fundos de capital de risco, os Venture Capital.

Negócios em fase inicial, como startups, guardam muito mais possibilidades de sucesso, na resiliência dos seus fundadores do que na ideia em si. Uma excelente ideia, sem execução, não passa de uma ideia.

E para nos contar como pensam os investidores, que estão do outro lado da mesa, convidamos para nossa Live de QuintaFlávio Pripas que é investidor pela Redpoint eventures, fundo de investimentos que tem no portfólio mais de 40 startups, entre elas, Gympass, Rappi e RD Station, etc.

Pripas, apesar de muito jovem, carrega uma experiência de mais de 25 anos de jornada e já teve que enfrentar mares adversos muitas vezes, e mudar a rota.

Começou como programador, fez carreira corporativa, viveu as dores e as delícias de empreender, ajudou o Itaú a fundar o Cubo, maior hub de inovação da América Latina, e desde 2018 vem ajudando outros empreendedores a alavancarem seus negócios através da Redpoint.

Para Pripas, um dos papeis de um VC (Fundo de Venture Capital), é antecipar tendências e compreender a mudança de comportamento das pessoas, para entrar numa aposta de investimento que, “quem sabe”, dê retorno daqui há 5 ou 6 anos.

Neste cenário, para fazer jus ao capital dos investidores que participam do fundo, risco é um termo que precisa ser melhor explicado. Não se trata de um cassino, mas sim de estatística, um modelo matemático, experimentado.

Para ficar claro, um fundo tem que equacionar este risco investindo em várias startups, sabendo que, um terço delas, vão morrer e levar o dinheiro do fundo junto. Um outro terço, vão andar de lado, e uma pequena parte apenas vão encontrar o seu caminho e se valorizar exponencialmente par justificar a rentabilidade do fundo.

Os fatores que determinam o sucesso e o insucesso de um empreendimento são diversos, por isso os fundos diversificam no inicio e de depois concentram os seus esforços nas startups que estão dando certo. Muitas startups que já estavam “tracionando” suas vendas, com a pandemia, perderam o seu mercado e voltaram à estaca zero, porém outras encontraram o seu Product Market Fit (encaixe com o mercado), justamente por causa da crise, e explodiram.

Um outro ponto de extrema relevância, é o perfil dos fundadores. O empreendedor precisar estar em linha com a expectativa dos fundos em relação ao fator “tempo”. Velocidade de crescimento, neste cenário, é tudo, e o empreendedor precisa estar preparado para crescer 10 anos em 2. Isso não é tão simples quanto parece, pois a cada intervalo, que varia de 18 a 24 meses, uma nova rodada de captação, descarrega um caminhão de dinheiro naquela empresa, com um único objetivo: crescimento exponencial.

Imagine que você e mais dois sócios, resolvem tirar uma ideia do papel e encontrem um fundo que acredite no projeto e aporte os recursos necessários para o desenvolvimento do produto e do mercado. Em muito pouco tempo, serão 10 pessoas, talvez 100, no seu time. A exigência de aprendizado para lidar com questões, como equipe, processos, mercado, finanças, etc. é muito grande, e o empreendedor precisa aprender a lidar com números e emoções, muito rapidamente, para não perder a onda.

A jornada de investimento, chamada fundraising, é como se fosse uma escada, onde, no primeiro degrau, o empreendedor estuda o problema, formata a ideia, e forma o time de fundadores.

O ideal nesta fase é gastar o mínimo possível para desenvolver o seu MVP (Produto Mínimo Viável), e fazer bom uso da sua rede de relacionamento ou mesma da reserva financeira dos empreendedores.

No segundo degrau, a startup tem o objetivo de encontrar o “Product Market Fit”, ou seja, encontrar o melhor caminho e momento para que a solução chegue nas mãos do cliente, e esta não é uma tarefa das mais simples, precisa de capital.

Caso o empreendedor supere os desafios desses dois degraus, aumentam-se as possibilidades de sucesso da startup. E agora o desafio é encontrar o caminho da escala, ou seja, crescer 10 anos em apenas 2.

O objetivo agora é montar uma maquina de vendas, onde internet e tecnologia, são essenciais para transformar milhares de usuários em milhões de clientes.

Cada um desses estágios tem um nome e um tamanho de cheque que os fundos de investimentos, como a RedPoint, estão dispostos a fazer.

No primeiro estágio, chamado SEED (Semente), os aportes giram em torno de US$ 500mil, e os estágios subsequentes, são chamados de Series (SERIE A, SERIE B, SERIE C, etc.), e os cheques vão variar, podendo chegar, no Brasil, às marcas de US$ 10milhões, US$ 20miilhões, US$ 30miilhões, dependendo do perfil e da tese de investimento de cada fundo.

Portanto, é possível empreender praticamente do zero e construir uma empresa de orçamento milionário numa janela de 3 a 5 anos. Obviamente é possível, mas existe um preço ser pago, o preço da escala.

Caso você queira saber mais sobre esse como tirar a sua ideia do papel, no dia 19/12 às 14 horas, a WeGo irá fazer a Masterclass Startup Mindset.

Nesta aula 100% gratuita, nós vamos te mostrar o passo a passo para estruturar a sua ideia e transformar em um negócio escalável.

Então, marca na agenda às 14 horas no dia 19/12.

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Coluna: Empreenda Startup

Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.

contato@wegohub.com.br

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