O Startup Mindset como solução para produtividade da indústria no Brasil

“As grandes empresas brasileiras estão nos setores errados”

Essa é a leitura de Fausto Oliveira, jornalista especializado em indústria e desenvolvimento econômico, no site RIB (A Revolução Industrial Brasileira).

Após uma análise das empresas do Ranking Valor 1000 (Jornal Valor Econômico) que classifica as mil maiores empresas brasileiras, Fausto aponta que apenas 83 delas podem ser consideradas de alta e média complexidade produtiva.

Na avaliação do jornalista, a maior parte das grandes empresas brasileiras estão nos setores de serviços, agronegócios e varejo, que são setores que não exigem e nem geram demanda de mão-de-obra altamente qualificada. Por esse motivo, poderíamos relacionar a estagnação econômica, desemprego e baixa produtividade do país à baixa sofisticação da indústria brasileira.

Por outro lado, vemos startups e hubs de inovação (como a WeGo), agregando valor à vários setores da economia, contribuindo para digitalizar as cadeias de produção e trazer tecnologia para essas industrias.

Um sinal desse movimento, é a força que as agritechs (startups do agronegócio) vêm ganhando entre os investidores. Segundo a Associação Brasileira de Startups, elas já representam 3,18% das startups brasileiras.

As agritechs têm impulsionado a cadeia produtiva do agro, e não será surpresa o surgimento, em breve, de unicórnios (startups com valor de mercado acima de 1 bilhão de dólares) brasileiros neste setor. 

O amadurecimento do ecossistema das agritechs tem chamado a atenção de multinacionais, como a John Deere e a Raízen, que através de hubs próprios ou em parcerias com outros hubs, se conectam à startups e criam um ambiente colaborativo bom para ambos, pois traz a cultura do Startup Mindset para as empresas, enquanto que a startup acessa uma infraestrutura que levaria anos para construir.

Parte dos investimentos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) de algumas empresas, começam a ser direcionados ao empreendedorismo de inovação através de parcerias com startups e hubs, para ganhar velocidade e agilidade na solução de problemas, que a atual cultura corporativa nem sempre dá conta.

A Raízen, por exemplo, construiu o Pulse, em Piracicaba, interior de São Paulo, que é um hub próprio para apoiar as agritechs da região, que tem se tornado polo das agritechs no Brasil.

Até mesmo entre as grandes empresas do setor de varejo têm surgido empresas com alta tecnologia, como é o caso da Magazine Luiza, B2W, e Via Varejo que recentemente investiram pesado para trazer a inovação para dentro de casa. 

Além dos benefícios diretos do trabalho colaborativo entre grandes empresas e as startups, o “Startup Mindset” pode acelerar o crescimento das empresas, e ajudar a superar problemas estruturais da indústria brasileira.

A implantação de metodologias e processos ágeis como Design Thinking, Scrum, Squads, etc. vêm sendo, cada vez mais, adotadas pelas empresas e representam um novo conceito de gestão empresarial, que possibilitam experimentos e o lançamento de produtos e serviços com extremo ganho de agilidade e eficiência. 

Portanto, acredito que apesar da avaliação pertinente do portal RIB, o Startup Mindset pode reverter esse cenário de estagnação econômica em pouco tempo, caso haja envolvimento dos agentes econômicos e políticos para fortalecer a cultura da transformação digital.

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Coluna: Empreenda Startup

Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.

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