Os desafios da transformação digital nas grandes empresas

No ano passado, no Inova Campinas Trade Show, uma frase me chamou muito a atenção:

“75% das 500 maiores empresas do mundo vão quebrar em até 8 anos”

Transformação digital ainda é desafio para empresas | IT Forum 365

Frases apocalípticas como esta, frequentemente aparecem na imprensa, principalmente quando o autor dela é Tommaso Di Bartolo, investidor baseado no Vale do Silício.

Agora tente imaginar a cena em que empresas como Bosch, Petrobrás, Itaú, Toyota, Exxon, Walmart, Volkswagen simplesmente fecham as portas, de uma hora para outra.  Milhares de vagas de emprego desaparecendo, milhões em perdas de arrecadação para os cofres públicos, e por aí vai…

Este é um cenário é possível? 

Sim é possível!

Mas é provável que ele aconteça?

Não! Pois boa parte das grandes empresas não estão paradas e já começaram a se mexer para descortinar novos horizontes, e novas possibilidades de negócios.

E quando elas começam a se mexer novas possibilidades de produtos, serviços e novos mercados se abrem, porque as grandes empresas se tornam verdadeiras plataformas de negócios.Na live da WeGo na última quinta, Alex Foessel, ex-head de inovação para América Latina, da John Deere nos contou sobre uma iniciativa interessante da companhia, para startups e parceiros utilizarem a inteligência da gigante da indústria agrícola. A John Deere criou uma plataforma (API) onde esses parceiros podem utilizar esses dados para criar novas soluções e negócios.

Foessel se empolga e conclui que a “empresa está digitalizando o ecossistema”, ou seja, ela está trazendo para perto de si, fornecedores, parceiros, clientes e empreendedores para fomentar projetos inovadores. 

Uma das mais conhecidas iniciativas, no Brasil, nesse sentido, é o Cubo, hub de inovação do Itaú, onde são hospedadas startups, parceiros, fundos de investimentos, empreendedores, etc. 

Além de cultivar uma cultura de inovação e empreendedorismo, que impacta a sua própria cultura organizacional, o Itaú traz ao seu entorno boas oportunidades de negócios com startups podendo ser investidas e/ou com fornecedores de soluções. 

Antigamente, as empresas investiam milhões do seu budget no departamento de P&D (Pesquisa & Desenvolvimento), muitas vezes, em seus próprios Centros de Pesquisa. Hoje este investimento vem sendo diversificado e há uma aposta na co-criação com empreendedores interessados em criar soluções para aquele mercado, o que chamamos de Inovação Aberta (Open Innovation).

Se você quer conhecer mais sobre o Cubo, na próxima quinta, dia 07 de maio às 20:00, vou fazer uma live com a Renata Zanuto, head de inovação do hub do Itaú. [Clique aqui para se inscrever]

Ainda que, para alguns setores econômicos, o cenário seja favorável, as empresas (e principalmente grandes) têm um grande desafio a vencer, internamente: A Cultura Corporativa Vigente.

Todos nós sabemos que é muito difícil convencer uma estrutura organizacional a inovar em seus modelos de negócios, especialmente quando as coisas vão bem.

Cabe aos grandes líderes a responsabilidade e a disposição por antever o futuro, aquilo que eu chamo de “profundidade de campo”. É preciso cavar o poço antes de sentir sede!

Outro aspecto crucial deste dilema, é que, estamos falando de cultura, e raros são os casos, em que o RH desempenha um papel “realmente” estratégico nas corporações. Para promover uma revolução cultural, é preponderante um RH forte e influente em todos (todos mesmo) os níveis hierárquicos.

Alex Foessel, também lembra que, “os modelos contábeis estão organizados em linha com a maximização dos lucros”. Neste cenário, investir em inovação é um dilema, pois este esforço “caro” e incerto exige tempo e pessoas, recursos normalmente escassos, na maior parte das empresas.

Para Foessel, essa cultura desprestigia o cliente, que fica sem a melhor solução para seu problema, em troca do lucro atual da companhia. 

As empresas não inovam sozinhas. Inovação ocorre a partir da interação com diversos atores. De acordo com o Global Startup Ecosystem Report de 2019, mais de 70% do fator de êxito das startups que atingiram o valor de U$ 1 bilhão está relacionado ao ecossistema empreendedor e de inovação.

Para conseguir êxito nessa batalha, as empresas precisam se conectar, de diversas formas, e em diversos níveis, a outros agentes e a outros estágios de consciência.

Casos como Bosch, Unilever, DHL, entre outras tantas, já estão se conectando aos hubs de inovação em busca deste startup mindset, para reinventarem seus modelos de negócios.

A conclusão clara é que a transformação digital, é antes de qualquer coisa, uma cultura a ser construída, onde o papel da inovação aberta e dos hubs, são alicerces para o “novo normal”.

Hubs como o Cubo e a WeGo, têm o propósito de ajudar essas gigantes, através de suas conexões com o ecossistema em que atuam, e a olharem para seus próprios DNA´s e perceberem que há caminhos para esta transformação de fora para dentro.

Se você perdeu a minha conversa com Alex Foessel, clique aqui para conferir.E já marque na sua agenda, que na quinta-feira, dia 7 de maio, às 20 horas, a live da WeGo será com a Renata Zanuto, Head do Cubo. Se inscreva aqui para ser notificado e não perder a oportunidade de participar desse bate-papo.

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Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação

Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.

contato@wegohub.com.br

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