Nenhum executivo de tecnologia ou de inovação conseguiram fazer uma transformação digital tão rápida quanto à promovida pelo COVID-19.
Já está mais do que batido dizer que, de uma hora para outra, muitos paradigmas das empresas foram colocados em xeque, mas a grande verdade é que muitos processos tidos como impossíveis de serem adotados, antes da quarentena, tiveram que ser reinventados e estão funcionando melhor do antes.
Sem dó nem piedade, em menos de 50 dias, fomos arremessados para ano 2030 e forçados a rever processos e modelos de negócios, que levariam mais de 10 anos para acontecer.
O CEO de um dos maiores bancos brasileiros, reconheceu a dificuldade que tinha para colocar 300 profissionais em home-office antes do isolamento devido a questões organizacionais ligadas ao RH, TI, jurídico, etc. Hoje mais de 50.000 funcionários do banco estão trabalhando remotamente e com resultados surpreendentes.
Nesta semana, rebemos a Renata Zanuto, co-head do CUBO-Itaú, em nossa live semanal, para falarmos sobre como as empresas estão superando os desafios do momento e se superando.
O CUBO é o maior e mais relevante centro de empreendedorismo tecnológico da América Latina – foi idealizado pelo Itaú Unibanco, em parceria com a Redpoint ventures. Atualmente, mais de 300 startups estão conectadas ao hub e mais de 30 empresas são mantenedoras do espaço de 13 lajes, na Vila Olimpia, em São Paulo.
Iniciativas como o CUBO e a WeGo estão comprometidas em ajudar as empresas nas suas Jornadas da Transformação Digital, influenciando na cultura do intraempreendedorismo e introjetando um DNA de metodologias ágeis, o chamado startup mindset.
Através dos Hubs, as empresas podem se conectar a startups que estão desenvolvendo soluções para problemas internos das empresas, além de abrir um leque enorme de oportunidades de fazer negócios com outras empresas, ou mesmo para seus clientes.
Isso pode ocorrer de diversas maneiras: através de investimentos, criação de programas de venture builder ou simplesmente comprando serviços de uma startup.
Lembre-se que nem sempre é fácil para uma grande companhia conseguir se relacionar com uma empresa que está nascendo. Contratos extensos, processos de homologação de fornecedores, etc. são entraves, que muitas vezes, impedem estas relações comercias.
“Aprender a fazer negócios com uma startup, já é um grande passo para a mudança de mindset”.
Um dos pontos chaves, que Renata trouxe na live, é sobre o estágio de consciência das empresas em relação à Transformação Digital.
Para ela há 3 tipos de empresas;
1. As empresas que já entendiam o que é transformação digital, e passaram a investir na construção dessa nova cultura, em suas organizações.
2. As empresas que já entendiam o processo, porém não sabem por onde começar, e como começar a fazer essa conexão.
3. E as empresas que nem fazem ideia do que está acontecendo e como essa nova cultura vai impactar o mercado.
Mesmo empresas inovadoras em produtos, encontram dificuldades em inovar em seus modelos de negócios devido às burocracias internas, estrutura organizacional, políticas, etc.
… além disso o medo!!! Uma grande empresa não pode deixar de faturar no seu negócio principal, mesmo sabendo que pode morrer.
As empresas não inovam sozinhas. Inovação ocorre a partir da interação com diversos atores. Para conseguir êxito nessa batalha, as empresas precisam se conectar, de diversas formas, e em diversos níveis, a outros agentes e a outros estágios de consciência.
Num cenário de retomada, os Hubs são uma excelente opção para empresas que desejam desenvolver novos produtos e testá-los de forma ágil e barata.
As empresas precisam então desafiar o “status quo” e fazer uma mudança cultural. Na verdade, precisam fazer uma Revolução Cultural.
A escolha de ser protagonista neste “novo normal” pode não ser tão fácil, mas este é um momento de desafiar verdades, e não ficarmos passivos diante das mudanças que chegaram para ficar.
Se você ficou interessado em saber como foi este bate-papo, assista a gravação desta live com Renata Zanuto.
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