A madrugada já era invadida quando o apresentador Willian Bonner convida uma pessoa da plateia, a economista Elizabete Maria, de 55 anos, para fazer a última pergunta, no debate eleitoral, entre os presidenciáveis Dilma Rousseff e Aécio Neves.
A época era outra, mas Taxa de Desemprego é sempre uma pedra no sapato de qualquer governante.
Não dá para esquecer que, a então presidente-candidata, recomendou à experiente economista, que ela fizesse um curso técnico, no Senai ou no Pronatec, mas, piadas à parte, 6 anos se passaram e poucos foram os empregos que apareceram por iniciativas governamentais.
Mas Feijó, o que essa história tem a ver com Venture Builders e Hubs de Inovação?
Ao meu ver, a pergunta que a presidente não soube responder, demonstra o quanto o papel do empreendedorismo pode realmente fazer a diferença na geração de emprego e renda de um país.
E foi essa a essência da minha conversa, em nossa “live de quinta”, com o meu amigo Paulo Justino, fundador e CEO da FCJ Venture Builder, um modelo de negócio inovador, que vou contar, nas próximas linhas.
Embora o termo Venture Builder possa parecer novo, o conceito surgiu nos EUA, em 2011, e Justino conta que começou a estudar o modelo em 2013.
Para ele, uma Venture Builder, é uma espécie de “fábrica de startups”.
Na prática, as VB´s são organizações que se tornam co-empreendedoras das startups. Elas co-investem nas empresas nascentes, agregando capital financeiro e conhecimento de mercado, como um sócio, e não apenas como investidor ou mentor.
Conta ele, que não imaginava, que a FCJ chegaria onde chegou. Tudo começou com um plano de negócios de duas páginas, e alguns amigos que se juntaram em torno do propósito de ajudar startups.
Mas não se confunda, uma Venture Builder não é uma aceleradora, é mais do que isso. Em geral, programas de aceleração costumam durar 3 a 6 meses, já as VB´s “vestem o macacão” e trabalham duro para o desenvolvimento da startup, até o momento, em que, sua participação acionária é vendida a um outro investidor, o chamado, “EXIT”.
Um dos pontos que mais me chamam atenção na FCJ é o seu modelo de licenciamento, uma espécie de franquia, em que um empreendedor local lidera uma unidade regional, ou até uma vertical segmentada em uma área. É o caso da 2.5 Ventures (focada em negócios sociais) e da SkyVentures (drones e tecnologia para o setor de transporte aéreo), duas licenciadas da FCJ em Campinas – SP
Este modelo fortalece o ecossistema local, atraindo investidores da região e permitindo que as startups fixem as suas sedes nas cidades em que surgiram, ao invés de migrarem para outros centros, em busca de capital e acompanhamento.
Para o fundador da FCJ, iniciativas como essa, gera um cenário de abundância, e que permite que toda a cadeia ganhe, empreenda em negócios e gere empregos.
Outra iniciativa, como esta, onde a escala se dá pelo modelo de licenciamento, é o Founder Institute, que se tornou a maior aceleradora do Vale do Silício, pré seed, já presente em mais de 185 cidades do mundo (14 no Brasil), e que tem o objetivo de gerar 1 milhão de empregos.
A WeGo, por sua vez, também traz em seu DNA, o conceito de Venture Builder, e através dos programas de aceleração, seleciona ideias que, com outros co-investidores, possam ser desenvolvidas conjuntamente.
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Caso queira assistir na íntegra a minha conversa com Paulo Justino, CEO da FCJ, e conhecer mais sobre Venture Builders, assista por este link.
Feijó – CEO da WeGo Hub de Inovação
Fundador do Movimento IDEIA e voluntário do Startup Weekend.